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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

The Walking Dead

Fala ae pessoal... bom, andando por alguns blogs achei uma 'série' de postagens a respeito da série que passou recentemente na FOX, chamada The Walking Dead. Como ela fez bastante sucesso e todos andam falando bastante resolvi postar aqui! Comentem!




Há alguns semanas a Fox exibiu o primeiro episódio da sua nova série: The Walking Dead.
Baseado na HQ homônima, a série tem como protagonista Rick Grimes, um oficial de polícia que sai em busca de seu filho e sua esposa “desaparecidos”. O problema no entanto, é que ele logo descobre que a cidade está agora habitada por mortos-vivos. Pronto, o plot está montado.
Assisti ao episódio piloto, me rendi e apostei na série assim que subiram os créditos finais, afinal sou um apaixonado pelo registro audio-visual das coisas (ficcionais ou não). A boa condução da história e o modo como nos são apresentados conflitos e personagens são inteligentes: The Walking Dead (que já foi sucesso de audiência em sua estreia) promete!
Mas o que realmente me impressionou foi a realidade que consegui enxergar em meio à fantasia daquele mundo. Assim como na série, estamos rodeados de zumbis.
Um amigo certa vez me disse que nós cristãos somos “meio zumbis”, porque “morremos para o mundo, mas estamos vivos para Deus”. A lembrança desta frase foi inevitável enquanto apreciava o referido piloto. Somos zumbis? Estamos mortos, vagando por aí à procura da única coisa que nos satisfaz? Nosso cérebro só funciona se for para buscar o nosso próprio sustento e prazer? De certo modo, faz sentido. Mas não da forma como meu velho amigo me disse…
Quando vou aos cultos, ao chegar às proximidades do templo, percebo a semelhança entre a peregrinação dos irmãos caminhando até o local de cultuar a Deus e uma cena do antigo “A Noite dos Mortos Vivos”. Todos andando no mesmo ritmo, com a mesma expressão facial, a maioria de nós indo em busca de uma mensagem que massageie nosso ego, alimente nossa alma podre e acaricie nosso pecado oculto – o real motivo de estarmos assim tão mortos.
Se preciso for, comeremos a carne do irmão ao lado para conseguir a nossa tão desejava “vitória”. Nos gabamos de bênçãos imerecidas, exaltamos nossos próprios feitos “milagrosos”, gloriamo-nos do nosso santo jejum, de nossa longa oração, da nossa voz, do nosso “louvor” e da nossa nojenta aparência de santidade. Sim, somos zumbis. É assim que o mundo nos enxerga e NÃO, isso NÃO é bom. As pessoas não deveriam nos ver como mortos- vivos, mas como aqueles nos quais a vida está!
Por que teimamos em negligenciar a renúncia requerida por Cristo à todos os que se candidatam a seguí-lo? Por que amamos mais a integridade do nosso umbigo que a segurança do nosso próximo? Por que somos tão apaixonados pela satisfação pessoal em detrimento do bem coletivo?
Somos imbecis!
Partimos em romaria todo santo domingo para o culto, nos enfurnamos por duas horas dentro da igreja e depois voltamos pra casa e ligamos a TV, como se nada tivesse acontecido nas últimas duas horas, e engolimos as notícias do Fantástico, mesmo sem saber direito do que elas realmente estão falando.
Enquanto isso, fora de nosso palácio de indiferença e perfeição forjada, pessoas precisam conhecer a Vida. Mas nós preferimos continuar perambulando por aí como mortos-vivos, acreditando estar mais vivos do que mortos.
Pobres de nós, andarilhos zumbis, seletivamente cegos: só enxergamos o que nos interessa. Parcialmente vivos: só queremos a vida que satisfaça nosso coração semi-morto.
Que o Bom Deus tenha misericórdia de nós.

Um comentário:

  1. bom texto, realmente só olhamos pro nosso umbigo, temos que sair da mesmice, ser cristão não é um ritual...

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