Total de visualizações de página

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Passado mal resolvido.

Parece meio inconveniente a pergunta que farei agora, mas te peço que sem orgulho, você avalie a si mesmo:
 Você, em algum momento da vida, já se sentiu superior a alguém por não cometer determinado erro que outra pessoa cometeu, ou se sentiu no direito de julgá-la?

Pois é, eu confesso que por muitas vezes já fiz isso. Falhei como pessoa e principalmente como cristão. Quando paro para pensar no que é o amor de Cristo sobre nós e o que significa a sua graça, fico constrangido pela minha futilidade e soberba inútil que me faz pensar ser superior a alguém.
Quantas vezes pessoas nos magoaram e disseram coisas que não eram verdades? E aquela traição, você se lembra de toda a dor e sofrimento que aquela pessoa te fez passar? E aquele amizade que não passava de falsidade? Você já ia esquecendo aquela humilhação que te fizeram passar, não é?
Lendo essas frases talvez você tenha se lembrado de algum momento de aflição ou daquela pessoa que tanto te fez sofrer. Talvez você tenha até desenterrado do seu coração alguma mágoa que porventura estava sob tanto orgulho.
Se você já passou por momentos assim, preste atenção. Preciso te dizer duas coisas:
1)      Todos nós já fomos machucados, feridos ou humilhados por outra pessoa.
2)      Você já feriu, machucou ou humilhou muitas pessoas e muitas pessoas que ama.
Partindo-se do princípio que a vida é feita de relacionamentos e que em muitos deles passamos por situações como as já ditas acima, podemos concluir que relacionamento é algo extremamente complicado, ainda mais quando se fala do relacionamento entre os irmãos em Cristo, a igreja.
O relacionamento é uma construção diária, assim como uma obra, em os tijolos são as palavras e as atitudes que temos uns para com os outros.
Quando está tudo bem, nosso relacionamento com os irmãos só cresce e cada tijolo vai dando forma a belas construções - belas amizades, um belo namoro, um belo casamento e a uma bela família -. Mas como eu disse, o relacionamento é uma construção diária, e isso não nos livra de que algo que possa sair fora do que planejamos, até porque o inimigo está nos rodeando e esperando apenas um momento de descuido para nos derrubar e se possível levar mais gente junto.
Você já pode ter sido magoado por alguém, mas não se esqueça de quanto feriu e machucou. Não digo isso para que nos culpemos eternamente por nossos erros cometidos para com nossos irmãos e nem para que cobremos algo daqueles que nos ofenderam.
Jesus nos ensina o que é o amor e o que é o perdão. E essas duas coisas são o fundamento de qualquer relacionamento. Não existe amor apenas quando tudo vai bem e o perdão é apenas uma desculpa aceita quando os erros aparentemente não são “graves”.
 O amor cristão e o perdão se mostram evidentes principalmente nos momentos de dor e aflição, quando adquirimos dívidas em relação aos nossos irmãos, e esses, por sua vez, também somam dívidas para conosco.
O Pr. Ed Rné Kivitz diz que ao longo de nossas vidas nós falharemos com aqueles que amamos e muitas das pessoas que confiamos e amamos também falharão conosco. Dessa forma, em nossa vida aqui na Terra, somaremos dívidas impagáveis e pessoas somarão as mesmas dívidas para conosco.
Essas dívidas impagáveis não têm de ser analisadas por nós como uma culpa excessiva ou um sentimento de crédito a receber de que alguém que nos decepcionou ou feriu.
O perdão, que é um dos pilares do relacionamento – ao que me refiro agora – consiste em escolhermos ficar com a dor que alguém nos fez sentir para que possamos fazer sobreviver o relacionamento com essa pessoa que nos afligiu.
Se pararmos para remoer e lembrar de todos os erros já cometidos por nós e quantos erros já cometeram contra nós, viveremos uma sobrevida calcada no merecimento e nos desmerecimento!
Não devemos nos culpar e nem deixar nascer em nosso coração o sentimento de crédito a receber por alguém nos feriu, pois é isso o que o inimigo quer. Devemos dar lugar ao perdão pois a igreja de Cristo é uma família onde todos devemos ter a consciência de nossa natureza pecadora e nos sustentar não nas exortações, mas sim no espírito de perdão.
Portanto, irmãos, devemos aprender a não apontar o dedo na cara daqueles erraram, pois todos nós somos pecadores, do mesmo nível, da mesma origem - imerecedores do amor de Deus e maus por natureza.
Devemos deixar de lado todo orgulho e saber amar e perdoar nos momentos em que a aflição parece não ter fim, porque mais vale sentir a dor do que perder um irmão em Cristo.
Para finalizar, gostaria de deixar um versículo.
Muitas vezes achamos que as aflições e os tropeços na caminhada da vida cristã são coisas tristes e páginas que gostaríamos que fossem arrancadas de nossas vidas, porém mesmo com todas as quedas Deus tem misericórdia de nós e nos ama como filhos e como filhos nos trata. Repreende-nos e nos corrige com a finalidade do crescimento na fé, aprendizado e para que nos tornemos crentes mais fortes, consagrados e verdadeiros.
Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados.” Hebreus 12:11

Autor anônimo.