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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

“TODO CARNAVAL TEM SEU FIM..."


Olho pela janela. Já é noite. O tempo prossegue sereno e firme, ignorando as nossas angústias e ansiedades. Nós é que relativizamos o tempo. A nossa ansiedade faz o relógio retardar incrivelmente. Cada segundo se torna uma eternidade. O tic...tac...tic...tac é acompanhado pontualmente. O nosso prazer, por outro lado, faz o tempo correr solto, tudo parece estar a 180 km/hr.

“Todo carnaval tem sem fim...” essa é uma verdade cantada pelo poeta. Tem uma conotação quase bíblica. Basta um pouco de atenção. Saul teve seus dias de festejos. Aproveitou mal. Logo chegou o seu tenebroso fim. Exemplo do que não deve ser imitado, embora muitas vezes nos coloquemos, ainda que inconscientemente, em posição semelhante. Supervalorizamos o palpável, esquecendo o eterno, porque invisível.

Davi teve lá seus maus dias. Vivenciou alguns “carnavais”. Na maioria se saiu muito bem, afinal sua fidelidade não lhe permitia esquecer que “todo carnaval tem seu fim...”. Por isso, não se deslumbrava com a ilusão das glórias passageiras. Houve um carnaval, contudo, em que a vaidade falou mais alto. O desejo de ter o proibido. A tendência natural do homem foi ali encarnada. Betseba era o nome do seu desejo. Mulher casada. Mulher de um de seus homens de confiança. Davi ignorou. Avançou o sinal vermelho. Pagou preço alto por isso.

A vida é uma grande gangorra. Ora estamos em baixa, ora somos o centro da atenção. E esse fenômeno é cíclico. Infelizmente muitas vezes nos tornamos reféns das circunstâncias, e então simplesmente nos entristecemos quando estamos no fundo do poço, e nos envaidecemos sobremaneira quando alcançamos vitórias.

A proposta bíblica, no entanto, nos conduz a uma nova perspectiva acerca dessa malfadada gangorra que insiste em ser presente em nossas vidas. Independente das circunstâncias, devemos estar firmes em Deus, confiantes de que a dor é necessária e a glória, passageira. Quando, tal como Paulo, compreendemos que devemos ser gratos por tudo que acontece em nossas vidas, então nos damos conta de que “já não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim”.

Eduardo Guedes

2 comentários:

  1. Muito bom!! Realmente, só às vezes damos mais valor ao que vivemos no momento e esquecemos do 'pra sempre'.

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  2. Sensacional o texto Dudu. Com certeza, a vida é feita de "carnavais" em que somamos vitórias mas também derrotas, porém temos a certeza que temos um Deus presente e constante ao nosso lado, que não nos culpa, mas nos estende a mão e nos levanta, sempre com um novo ensinamento para que nos tornemos crentes mais fiéis e consagrados.

    "Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados."

    Hebreus 12:11

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