Esperança

Eis uma palavra profundamente valiosa para nós humanos: esperança. Vivemos cotidianamente agarrados a ela. Vislumbramos dias melhores; motivamos-nos com a possibilidade de passar no vestibular, de conseguirmos um emprego melhor, de encontrarmos alguém especial para caminharmos pela jornada da vida, de sermos pessoas melhores, enfim, idealizamos alguns sonhos e percorremos grande parte do tempo escorados neles.

A propósito disso, o que é a vida cristã senão a esperança nas promessas do Senhor, lastreada pela fé em Cristo Jesus, fruto da graça Dele para conosco. Mas o fato é que passamos, por vezes, por situações nas quais nossa fé esfria, nossa esperança simplesmente se distancia, e tudo se torna um eco longínquo. Nós nos tornamos distantes. O tom preto e branco entra em cena. As coisas se tornam opacas.

Mas, de repente, diante da nossa infantil incredulidade alimentada sabe-se lá por que, quando menos imaginamos, nos percebemos vulneráveis, frágeis, dependentes do óbvio. Nesse momento, enobrecemos novamente a fé em nosso coração, segurando-a com toda a força que ainda nos resta. A esperança, com isso, retoma o curso por nós interrompido outrora, colorindo o desbotado palco de nossas vidas.

Quem nunca fraquejou?? Quem nunca questionou?? Mas no auge das nossas elocubrações, olhamos para o lado e, simplesmente, a rosa floresce, o pássaro canta, o sol ganha vida. Tudo revela a mão do Criador. As dúvidas se dissipam. A paz, inexplicavelmente, inunda o coração. Deus. Deus e sua incrível capacidade de nos surpreender.

Eduardo Guedes